Coligação Lula-Alckimin quer suspender porte de armas. Simone Tebet propõe a Moraes pacto de não agressão entre candidatos

Nesta quarta-feira (13), os líderes de partidos que apoiam coligação Lula-Alckimin pediram ao ministro Alexandre de Moraes, futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a Justiça Eleitoral suspenda o porte de arma durante os dias do pleito, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Participaram da reunião no TSE as lideranças de PT, PSB, PCdoB, PSOL, SOLIDARIEDADE e REDE.Um documento apresentado a Moraes defende que em 2 e 30 de outubro, datas do primeiro e segundo turno das eleições de 2022, a circulação de pessoas portando armas fique restrita a atividades policiais e de segurança. Ou seja, o acesso de pessoas armadas aos locais de votação também seria proibido. Além disso, as siglas ainda pediram que o presidente Jair Bolsonaro seja multado por incitar a violência.

Na representação contra o chefe do Executivo, os partidos pedem que Bolsonaro seja obrigado a condenar o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo de Arruda, morto a tiros pelo policial civil federal Jorge Guaranho, apoiador do governo, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento. A defesa do acusado, no entanto, negou que o crime tenha sido motivado por uma intolerância política.

Também foi pleiteado que pré-candidato à reeleição seja multado no mesmo valor, caso faça qualquer tipo de discurso de ódio ou incitação à violência contra seus opositores. Em outro trecho, os parlamentares defenderam que os partidos passem a ser diretamente responsabilizados por atos de violência de seus filiados. O modelo foi comparado ao que acontece quando clubes de futebol são punidos por atos de suas torcidas organizadas.

Simone Tebet propõe a Moraes pacto de não agressão entre candidatos

A senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, se reuniu, nesta quarta-feira, com o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e propôs um pacto de não agressão entre os candidatos.

“Nós nunca vimos uma campanha já tão conflagrada. Ela já se iniciou mais violenta do que qualquer eleição que tenhamos participado. E essa violência política começa cedo e começa mal, porque ela já começa com atentados, com um assassinato”, disse a senadora.

Segundo ela, também é preciso que todos os candidatos declarem que vão respeitar o resultado das urnas. De sua parte, ela afirmou ter a “mais absoluta e inegociável” confiança na Justiça Eleitoral e na integridade do processo eleitoral.

Moraes assume a presidência do TSE em 16 de agosto. Ele, no entanto, está atuando no plantão da corte eleitoral, porque o atual presidente, Edson Fachin, está de férias.

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