Cid diz que passa por problemas ‘financeiros e familiares’ e que áudio foi ‘desabafo’

O tenente-coronel Mauro Cid declarou em seu testemunho ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, que as falas presentes nos registros sonoros divulgados pela revista “Veja” ocorreram em um período complicado de sua vida, no qual se encontra mais “sensível” e lidando com “problemas financeiros e familiares”.

“Está com problemas financeiros e familiares. Esse mês de março, por causa da promoção, está mais sensível. Tudo que falou foi um desabafo”, disse, segundo a transcrição da ata do depoimento. Cid afirma ainda que acabou “perdendo tudo” — “os amigos o tratam como leproso”, “está enclausurado” e “engordou mais de 10 quilos”.

O tenente-coronel também alegou que concordou com o acordo de delação premiada de forma voluntária, sem ser influenciado pela Polícia Federal em suas declarações. “Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a fala algo que não teria acontecido”, afirmou Cid, conforme consta na transcrição da ata do depoimento.

O tenente-coronel também alegou que concordou com o acordo de delação premiada de forma voluntária, sem ser influenciado pela Polícia Federal em suas declarações. “Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a fala algo que não teria acontecido”, afirmou Cid, conforme consta na transcrição da ata do depoimento.

“Foi apenas um desabafo. Uma forma de expressar”, diz ele na transcrição. “Genérico, todo mundo acaba dizendo coisas que não eram para serem ditas”, completou.

Seguindo seu depoimento, ele foi detido por violar medidas cautelares e por obstrução à Justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu o mandado de prisão preventiva ao término da audiência na qual o ex-assistente de Jair Bolsonaro reafirmou os termos do acordo de delação premiada estabelecido com a Polícia Federal (PF). A aprovação final do acordo ainda está em avaliação.

Cid e espesa tiveram celular apreendido pela PF no momento da prisão

A Polícia Federal (PF) apreendeu o celular do tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira (22).

A apreensão ocorreu no momento da prisão, conforme informaram fontes que acompanharam o depoimento prestado pelo militar no Supremo Tribunal Federal (STF).

O celular da esposa do tenente-coronel, Gabriela Santiago Cid, também foi apreendido. O aparelho dela foi recolhido durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Cid, no Setor Militar Urbano. Os agentes da PF também apreenderam computadores e documentos.

Em nota, a PF disse que Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística da instituição. Ele já está na Polícia do Exército, onde ficará preso.

Categorias