A China encerra neste domingo (7) as maiores manobras militares de sua história em torno de Taiwan, uma resposta à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha, que levou as relações entre Pequim e Washington ao seu ponto mais baixo em anos.
Em resposta à visita de Pelosi, a China suspendeu sua cooperação com os Estados Unidos em várias áreas importantes, incluindo o combate às mudanças climáticas e questões de defesa.
Também colocou caças, navios de guerra e mísseis balísticos em torno de Taiwan, o que foi interpretado por analistas como uma simulação de bloqueio e invasão do país vizinho.
As manobras devem terminar neste domingo, embora Pequim já tenha anunciado novos exercícios militares no Mar Amarelo, localizado entre a China e a península coreana, até 15 de agosto.
O Ministério dos Transportes de Taiwan disse que seis das sete “zonas de perigo temporário”, que a China alertou as companhias aéreas para evitar, voltaram ao normal, sinalizando que está chegando ao fim de seus exercícios.
Taiwan anuncia exercícios militares em resposta à China
As Forças Armadas de Taiwan realizarão nesta semana dois exercícios de artilharia com projéteis de verdade para testar sua prontidão para o combate diante da crescente ameaça militar da China.
As atividades ocorrerão entre os dias 9 e 11 de agosto, no condado de Pingtung, no sul da ilha, após Pequim ter realizado seus maiores exercícios militares contra Taiwan, incluindo uma simulação de ataque à capital Taipei.
Entre as unidades que participarão das manobras estão o comando de artilharia, tropas de infantaria e a guarda costeira. Também serão usados 78 morteiros leves desenvolvidos localmente e seis obuses de fabricação americana.