O Partido Comunista chinês (PCC), comemora neste ano um século de existência e adotou nesta quinta (11) uma resolução histórica, que consolida a influência do ditador chinês, Xi Jinping.
O comitê central do partido está reunido desde segunda-feira (8) em uma sessão plenária com 400 dos principais dirigentes.
A resolução, a terceira do tipo na história do partido, ajudará Xi a consolidar ainda mais seu poder, ao definir sua visão sobre a China antes do congresso do partido, no próximo ano.
A plenária deste ano prepara o terreno para o encontro, que deve confirmar a permanência de Xi Jinping à frente do governo. Com três mandatos consecutivos, ele será o líder mais poderoso da China desde Mao Tsé-Tung.
Durante um século de existência, o Partido Comunista da China adotou apenas duas resoluções sobre sua história. A primeira, aprovada durante o governo de Mao em 1945, estabeleceu sua autoridade sobre o partido quatro anos antes da tomada de poder na China. Na segunda, durante o mandato de Deng Xiaoping em 1981, o regime adotou reformas econômicas e reconheceu os “erros” da era Mao.
Culto à própria liderança
O líder chinês também criou um culto a sua liderança que impede críticas, erradica seus rivais e introduziu sua própria teoria política, conhecida como ‘O Pensamento de Xi Jinping’, a estudantes.
A medida visa fortalecer “a determinação de ouvir e seguir o partido”, segundo as novas diretrizes, e os materiais de ensino agora precisarão “cultivar sentimentos patrióticos”.
Presidência sem limites
o Parlamento chinês aprovou uma emenda constitucional que elimina os limites do mandato presidencial, permitindo que Xi permaneça no cargo indefinidamente.
O presidente chinês também afirmou que a ascensão do país, antes colonizado e agora uma potência mundial, é “irreversível”. “O tempo em que o povo chinês podia ser pisoteado e oprimido acabou para sempre”