A China expressou oposição às sanções impostas contra a Rússia pelos EUA e a União Europeia e disse que Washington inflama a crise na Ucrânia, sugerindo que seu apoio à expansão da Otan deixou o presidente Vladimir Putin com poucas opções.
Pequim não vê as sanções como “a melhor maneira de resolver problemas”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em uma entrevista a jornalistas em Pequim nesta quarta-feira (23).
Chunying também criticou os EUA e a Otan por instalarem armas ofensivas perto da Rússia, perguntando se “eles já pensaram nas consequências de encurralar uma grande potência”.
Hua disse que os EUA são “culpados” pela situação da Ucrânia, afirmando que o governo americano estava “colocando lenha na fogueira enquanto apontava o dedo para outras pessoas que tentavam apagar o fogo”.
“Esse ato é irresponsável e imoral”, disse a porta-voz sobre os movimentos dos EUA.
A China frequentemente critica a política de sanções dos EUA, também impostas a Pequim por questões como denúncias de abusos de direitos humanos na região de Xinjiang, no extremo oeste chinês, e medidas para prender ativistas pró-democracia em Hong Kong.