O primeiro ato da campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição para a Presidência da República ocorreu nesta terça (16), no município de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O ato foi repleto de simbolismo.
Bolsonaro discursou por cerca de 11 minutos no mesmo ponto onde, em 6 de setembro de 2018, foi vítima de uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira, também em ato de campanha. Ele também relembrou o atentado do qual foi vítima.
“Estamos dando a largada de onde tentaram nos parar em 2018” disse Bolsonaro
“É o renascimento. Momentos tensos. Vida e morte. Graças a Deus vencemos. A partir da daqui a gente recomeça nossa campanha para mais quatro anos”.
No comício, Bolsonaro repetiu o tom adotado nas últimas semanas que antecederam a campanha, tanto que voltou a convocar seus apoiadores para “ir às ruas pela última vez”, em referência aos atos de 7 de Setembro, data que marca o bicentenário da Independência.
Segundo o presidente, os manifestos serão a favor da “independência” e da “liberdade” do Brasil. No mesmo contexto e com tom mais elevado, Bolsonaro também criticou seu principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, o petista Lula
“O Brasil é uma grande nação, é um grande país, que, até pouco tempo, era roubado pela esquerdalha que estava no poder. O país não quer mais corrupção. O Brasil estava à beira de um colapso, com problemas éticos, morais e econômicos, e marchava, sim, a passos largos para o socialismo ” desabafou.
Bolsonaro ainda sinalizou que pretende utilizar um possível melhor momento econômico, às vésperas da eleição, e as reduções observadas no preço dos combustíveis nas últimas semanas, como estratégia para seduzir o eleitorado.
“Nós podemos, cada vez mais, dizer que o nosso país é um país de prosperidade. Podemos comparar o nosso Brasil com outro país do mundo. Ninguém tem o que nós temos. Vocês veem o esforço do governo para que a nossa inflação diminua e para que os preços dos combustíveis também caiam” ilustrou.
Bolsonaro defendeu pautas conservadoras. Assim como declarou em outras oportunidades, se disse contra aborto, contra “ideologia de gênero” e contra o “comunismo”.
“O país que não quer o retrocesso, não quer a volta da ideologia de gênero nas escolas. Somos um país que respeita a vida desde a sua concepção e que não quer se aliar ao comunismo de outros locais do mundo” concluiu.