Bolsonaro nega conversa sobre plano para matar autoridades e diz: Isso nunca aconteceu

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou para à revista Veja em uma matéria publicada nesta sexta-feira (22), que não tinha conhecimento de “um plano para matar alguém”.

“Lá na Presidência havia mais ou menos 3.000 pessoas naquele prédio. Se um cara bola um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso?”, questionou Bolsonaro. “Discutir comigo um plano para matar alguém, isso nunca aconteceu”, acrescentou.

Ao longo da entrevista, Bolsonaro declarou também que “jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe”.

“Quando falavam comigo, era sempre para usar o estado de sítio, algo constitucional, que dependeria do aval do Congresso”, disse o ex-presidente.

O estado de sítio é um instrumento que pode ser utilizado pelo presidente da República em casos, por exemplo, de grave comoção de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia da medida tomada durante um possível estado de defesa.

Fonte: https://veja.abril.com.br/politica/discutir-um-plano-para-matar-alguem-isso-nunca-aconteceu-diz-bolsonaro-a-veja/

O estado de sítio é solicitado pelo presidente ao Congresso Nacional, ouvindo antes o Conselho da República e o Conselho da Defesa Nacional. Com a medida em vigor, garantias individuais são suspensas e o presidente passa a ter poderes plenos.

Moraes faz tudo o que não diz a lei, afirma Bolsonaro

Após receber o terceiro indiciamento pela PF, Bolsonaro foi às redes sociais e afirmou que Moraes “conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”. “Faz tudo o que a não diz a lei”, afirma o ex-presidente.

De acordo com pessoas próximas, apesar de já esperar que a conclusão da investigação o incriminasse, Bolsonaro demonstrou indignação com a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

O sentimento foi compartilhado por quem estava ao lado do ex-presidente no momento da confirmação.

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