O presidente Jair Bolsonaro se reuniu, nesta quarta (6/10), para um café com a bancada da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) ocorrido no Palácio do Planalto.
No encontro, além de temas como a regularização fundiária e licenciamento ambiental, Bolsonaro comentou sobre a indicação ao cargo de ministro do STF.
Bolsonaro indicou o ex-advogado-geral da União, André Mendonça, em julho e, desde então, o Senador Alcolumbre não agenda a sabatina.
“Quem se eleger presidente no ano que vem, no primeiro semestre do ano que vem, indica mais dois ministros do STF. Se for alinhado conosco ficam 4 garantidos lá dentro. Além de outros que votam com a gente. Não é que votam com a gente, votam com as pautas que têm que ser votadas do nosso lado”, afirmou. Segundo ele, isso é primordial. “Ninguém está pedindo voto, nem se lançando candidato. Mas uma pessoa alinhada a nós tem que estar sentada naquela cadeira a partir de 2023”, acrescentou, emendando que, caso reeleito, o escolhido precisa, de preferência, ser alinhado com o Legislativo e o Executivo.
Bolsonaro defendeu ainda que “essas pautas da agroindústria (incompreensível)… o marco temporal… O André Mendonça, uma vez aprovado pelo Senado, vai na mesma linha”, destacando que o ex-AGU, caso aprovado, votaria pela manutenção da demarcação territorial hoje vigente e em discussão na Corte.
“O agro está extremamente alinhado com o presidente Jair Bolsonaro”,
afirmou o presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), ao final do encontro.
Mendonça também discursou no evento. Ele pediu aos presentes que “trabalhem por um país diferente” e disse que a indicação ao posto é obra divina.
“Até 2005, não conhecia Brasília, não conhecia nada, nem ninguém. 16 anos depois, Deus pega um menino do interior de SP e coloca ele diante de um presidente da República que o indica para uma vaga no STF. Ou Deus faz coisa impossível e eu não posso deixar de reconhecer isso ou seria o maior dos incrédulos”.
Fonte: Correio Braziliense