Nesta terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro criticou novamente o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, a quem chamou de “criminoso” por ter articulado junto a parlamentares a rejeição à proposta do voto impresso auditável defendida pelo governo, enquanto estava na presidência do TSE.
“No ano passado, o Congresso iria aprovar a PEC do Voto Impresso. O que o Barroso fez? Era presidente do TSE. Foi para dentro do Congresso, mudaram os integrantes da comissão, e nós perdemos no voto o projeto do voto impresso. Houve uma interferência direta do ministro Barroso no Parlamento, o que a Constituição diz que não pode ” disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Bolsonaro prosseguiu:
“É um crime. O Barroso é um criminoso. E depois ele vai para fora do país participar de evento sobre como derrubar presidente – disparou em alusão a um evento nos Estados Unidos, no qual Barroso palestrou em janeiro deste ano.
O presidente aproveitou para convocar novamente para os atos de 7 de Setembro.
“Vamos pela última vez às ruas para mostrar para aqueles surdos ministros do STF que o povo tem que ser o nosso norte” declarou.
Bolsonaro diz que Fux deveria ser alvo de inquérito de Moraes
Para presidente, ministro falou “fake news” ao defender o sistema eleitoral
“Prezado Fux, qual sistema do mundo adota o nosso sistema eleitoral? Que maravilha de sistema é esse que ninguém quer? Então, com todo respeito ao Fux, de vez em quando trocamos umas palavras, ele é chefe de poder… No mínimo, para ser educado, é equivocado [defender o sistema eleitoral] ou é uma fake news. Fux deveria estar respondendo no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério e não essa mentira ” assinalou, durante entrevista à Rádio Guaíba, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
A declaração de Fux mencionada pelo presidente ocorreu durante discurso feito na abertura do segundo semestre do Judiciário, nesta segunda (1°).
“Inquéritos de Moraes são ilegais e imorais”, diz Bolsonaro
De acordo com o presidente, ocorre uma “perseguição implacável” por parte do ministro do STF
“Inquéritos do Alexandre de Moraes são completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele, a gente sabe o lado dele. É maneira de jogar a rede e me incriminar em algum lugar. Moraes está fazendo tudo de errado e, no meu entender, não vai ter sucesso em seu intento final ” afirmou em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Bolsonaro citou o pedido da vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo de arquivamento de investigação contra ele por suposta violação de sigilo de inquérito da Polícia Federal.
“O que Lindôra fez é dizer que esse inquérito do Moraes não tem fundamento – declarou o presidente.
“É interferência dentro da PF? De quem? Não sei, mas não fecha esse inquérito. Quebraram sigilo do meu ajudante de ordens, é um crime – pontuou sobre as investigações contra o coronel Mauro Cid, também nas apurações sobre o vazamento.