Na noite desta terça-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) , usou as redes sociais para criticar a cobertura da imprensa sobre o caso envolvendo Ezequiel Lemos Ramos, que matou a ex-mulher e o filho, a tiros, em frente a uma escola infantil.
O homem é estudante de medicina, tem registro de Colecionador de Armas, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e uma tatuagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no braço esquerdo. O nome do filho mais novo, Luiz Inácio Nicolich Lemos, é uma homenagem ao sindicalista.
As imagens mostram um Fiat Uno branco, desgovernado, batendo em um poste. Segundos antes, a ex-mulher do petista, que dirigia o carro, havia levado um tiro. Depois da colisão, o assassino disparou novamente contra o automóvel e correu. Michelli Nicolich, 37 anos, e o filho mais novo, Luiz Inácio, foram atingidos pelo assassino. Eles chegaram a ser socorridos e foram levados para hospitais da região, mas não resistiram aos ferimentos. O filho mais velho, de 5 anos de idade, não sofreu os disparos.
Ezequiel foi detido em flagrante por um policial militar de folga. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial (DP), em São Mateus, onde acabou preso e indiciado por duplo homicídio doloso qualificado, feminicídio, emboscada e tentativa de homicídio.
No entanto, por ser atirador desportivo e caçador (CAC), muitos rotularam como “bolsonarista.
Eis a declaração de Bolsonaro:
Após mais uma tentativa covarde de me associar a um crime brutal sem o menor fundamento, a imprensa teve que descartar a narrativa por conta de uma tatuagem de Lula no braço do assassino. Dificilmente seguirão dando destaque, prova de que a preocupação nunca foi com as vítimas.
O fato é que, se não existisse essa tatuagem, jornais ainda estariam explorando mais uma narrativa mentirosa para tentar convencer inocentes de que as milhões de pessoas que me apoiam, homens, mulheres, jovens e idosos, compactuam de alguma forma com esse tipo de barbaridade.
Tamanho desrespeito não atinge somente o povo, que já demonstrou inúmeras vezes seu caráter ordeiro e que se manteve pacífico mesmo diante do abuso da corrupção e da violência na era petista, mas principalmente as vítimas desse crime, reduzidas a meras ferramentas de campanha.
Em que isso ajudaria a não ser no estímulo à violência? Criminosos como esse que assassinou a ex-mulher e o filho em SP devem ser tratados como criminosos e ponto final. Quem tira uma vida de forma gratuita e cruel tem que apodrecer na cadeia, não interessa a opinião política!