epa09553606 Italian Prime Minister Mario Draghi (L) welcomes Brazilian President Jair Bolsonaro as he arrives for the G20 Leaders' Summit at La Nuvola Congress Centre in Rome, Italy, 30 October 2021. The Group of Twenty (G20) Heads of State and Government Summit will be held in Rome on 30 and 31 October 2021. EPA/ETTORE FERRARI / POOL

‘Tenho apoio popular muito grande’, diz Bolsonaro no G20

Neste sábado (30), o  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez seu discurso aos líderes do G20, em Roma.

Bolsonaro conversou com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Ao turco, Bolsonaro disse que está bem politicamente devido ao fato de ter um “apoio popular muito grande”.

Bolsonaro iniciou a conversa falando sobre a Petrobras e disse que, no passado, ela foi uma empresa de um partido político, mas que seu governo “tirou isso”. Na sequência, Erdogan questionou quando seriam as eleições no Brasil, levando Bolsonaro a responder que ocorreriam em 11 meses.

Tenho, eu estou bem, tenho apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém. Eu que botei todo mundo – explicou.

Na conversa, o presidente do Brasil afirmou também que prestigiou as Forças Armadas.

– Um terço dos ministros são militares. Profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil – destacou.

DISCURSO

No discurso, o presidente da República destacou o avanço da imunização no Brasil, a distribuição de auxílio emergencial, investimentos em infraestrutura e a retomada da economia.

“O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada”, disse o mandatário o seu discurso para os líderes do G20.

Veja o discurso abaixo, na íntegra:

Senhoras e senhores líderes do G20,

É uma grande satisfação para mim participar, presencialmente, deste importante encontro de lideranças em um momento de recuperação econômica mundial. Apesar de termos motivos para comemorar, ainda restam desafios para alcançarmos crescimento econômico mais estável e equitativo.

O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022.  

O histórico acordo concluído pelo G20 e por outros países sobre tributação internacional, no âmbito da OCDE, é também uma contribuição significativa para a sustentabilidade fiscal e econômica.

Os trabalhos do G20 na trilha de finanças renderam resultados importantes para a recuperação da crise econômica, como ilustram a nova alocação de Direitos Especiais de Saque pelo FMI e as medidas para enfrentar desafios relacionados ao meio ambiente e à saúde.

Gradualmente nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos de recuperação caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias. Eis por que a integração de nossas economias, por meio de fluxos cada vez maiores de comércio e investimentos, constitui parte das soluções que buscamos com vistas à recuperação e ao desenvolvimento sustentável.

No Brasil, mais da metade da população nacional já está plenamente imunizada de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já recebeu pelo menos uma dose da vacina. Ao todo, aplicamos mais de 260 milhões de doses, das quais mais de 140 milhões foram produzidas em território nacional. 

Para o  Brasil, os esforços do G20 deveriam concentrar-se no combate à atual pandemia, que continua a assolar muitos países.

Entendemos portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento.

Muito obrigado.

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