Nesta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro criticou uma reportagem que afirma que um grupo de empresários teria defendido um golpe caso o ex-presidente Lula da Silva vencesse as eleições.
O assunto foi discutido durante conversa com jornalistas em São José dos Campos (SP).
O assunto foi revelado em uma reportagem do site Metrópoles, que apresentou prints que seriam de conversas de grandes empresários brasileiros em um grupo de WhatsApp.
De acordo com o colunista Guilherme Amado, entre os empresários presentes no grupo estão Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de surfwear Mormaii.
Ao ouvir o nome de Hang como um dos que estaria falando do tema no grupo de WhatsApp, o presidente lembrou de especulações da imprensa a respeito de seu governo.
“O Luciano Hang falando em dar golpe? Qual jornalista [que disse isso]? Toda semana, quase, vocês [jornalista] demitem um ministro meu e não dizem a origem” apontou.
Na sequência, Bolsonaro foi informado sobre o nome do autor da reportagem.
“Guilherme Amado? Tá de brincadeira. Esse cara é uma máquina de fake news. Ele acusou o Luciano Hang de querer dar golpe? ” indagou.
O presidente então foi informado sobre os prints de conversas a respeito do tema. Bolsonaro então decidiu mudar o tema da conversa e falou sobre outros países da América do Sul.
“Olha como está nossa Argentina. A situação que está a Argentina (…). Olha como está o Chile. Olha como está o guerrilheiro do M-19, na Colômbia. Que agora resolveu liberar as drogas e dar uma pancada nas Forças Armadas, aí sim criando milícias populares” destacou.
Randolfe pede ao STF que PGR avalie prisão de empresários que defenderam golpe
O senador Randolfe Rodrigues acionou, na tarde desta quarta-feira (17/8), o Supremo Tribunal Federal contra os empresários que defenderam, no grupo “Empresários e Política”, um suposto golpe de Estado caso Lula vença as eleições.
Randolfe pediu ao STF que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal sejam acionados para avaliarem a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva, se necessário.
A petição foi apresentada no âmbito do inquérito dos supostos atos antidemocráticos e o relator é o ministro Alexandre de Moraes
Advogados e entidades pedem investigação de empresários por mensagens golpistas em grupo de WhatsApp
Advogados e entidades apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que seja investigado no âmbito do inquérito das milícias digitais um grupo de empresários por supostas mensagens em grupo de WhatsApp. O inquérito está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.