Hoje (06), o presidente Jair Bolsonaro confirmou, em reunião com ministros no Palácio do Alvorada, que indicará André Mendonça, atual Advogado-Geral da União (AGU), para a vaga no STF no lugar de Marco Aurélio Mello.
No Senado, ele deve ser aprovado com folga na sabatina que chancela a entrada do indicado no Cargo.
Mesmo parlamentares de oposição avaliam não existirem entraves jurídicos a Mendonça.
Na sessão de despedida do STF, Marco Aurélio declarou apoio a Mendonça e Aras.
O ministro enfatizou as “palavras muito amáveis” do chefe da AGU e declarou o seu apoio ao nome do ministro para a vaga.
Bolsonaro declarou que iria indicar um ministro “terrivelmente evangélico”, Mendonça, que foi Ministro da Justiça, também é pastor da Igreja Presbiteriana.
Relação com ministros do Supremo
Ao longo da carreira, Mendonça trabalhou com o ministro Dias Toffoli quando este chefiou a AGU, entre março de 2007 e outubro de 2009. Ele foi designado o 1º diretor do Departamento de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público na gestão de Toffoli.
Além disso, foi coautor, ao lado do ministro Alexandre de Moraes, do livro “Democracia e Sistema de Justiça”, lançado em outubro de 2019 em homenagem aos 10 anos de Toffoli no Supremo.
Quem é André Mendonça
André Mendonça tem 48 anos e é servidor de carreira da AGU (Advocacia-Geral da União), desde 2000. Natural de Santos (SP), já foi também assessor especial da CGU (Controladoria-Geral da União).
Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Bauru, em 1993, o atual advogado-geral da União fez mestrado na Universidade de Salamanca, na Espanha, sobre Corrupção e Estado de Direito e é doutorando na mesma instituição com o projeto Estado de Direito e Governança Global. Ele também é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília.