Nesta segunda-feira (10), a coluna Radar Econômico da revista Veja afirmou que o BlackRock, um dos maiores fundos de investimento do mundo, apontou que não colocará mais recursos no Brasil durante o governo Bolsonaro.
Segundo a revista Veja, o head da América Latina da BlackRock, Dominik Rohe, afirmou, em conversa com empresários brasileiros, que o fundo só voltará a investir no país com a mudança de governo.
Como ele supostamente disse, o “negacionismo” do presidente Jair Bolsonaro, aliado à taxa de juros e inflação altas foram os motivos para essa decisão do fundo. Além disso, Rohe disse que houve um excesso de promessas, sem retorno, por parte do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O fundo teria capacidade de dobrar a sua presença no Brasil rapidamente. Citando o jornal The Wall Street Journal, a Veja comenta ainda que, em meados do ano passado, o BlackRock estaria se aproximando de US$ 10 trilhões sob sua gestão. O valor corresponde a cerca de seis vezes o PIB (Produto Interno Bruto) que era esperado para o Brasil em 2021.
BlackRock desmente rumores e reitera investimentos no Brasil
A maior empresa de gestão de risco do mundo, BlackRock, reiterou ao mercado, na tarde desta quarta-feira (12) o interesse em manter investimentos no Brasil e acrescentou citando os dados do último ano, que apresentou uma alta de mais de 60% da equipe em território nacional.
A declaração desvalida rumores de que a companhia teria interesse em interromper aportes no país, no qual foram justificados no cenário de instabilidade típica do ano eleitoral.
No entanto, o posicionamento da BlackRock feito através de uma nota enviada ao Scoop, tem como finalidade responder à publicação feita no dia 10 de janeiro, no Radar Econômico, no qual o head da América Latina da companhia, Dominik Rohe, declarou que a gestora não investiria mais no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro.
“Quem conhece nossa operação sabe que esse rumor não só está errado, como é impossível. Nenhum executivo, individualmente, pode ditar as decisões de investimentos da BlackRock”, afirma a nota.
Ainda de acordo com a declaração da nota, a companhia afirma que possui escritório no Brasil desde 2008 e que sua atuação em território brasileiro, por meio de investimentos, se iniciou antes mesmo desse período.
A gestora ainda lembra que foi a responsável por trazer 87 ETFs globais para o mercado financeiro brasileiro.
A BlackRock administra US$ 9,5 trilhões ao redor do mundo e seu sistema, o Alladin, outros US$ 22 trilhões, cerca de 6% do total de ativos globais e 26 vezes o valor da bolsa brasileira.
“A BlackRock continuará investindo no Brasil, onde tem escritório desde 2008 e começou a investir no país muito antes disso. Quem conhece nossa operação sabe que esse rumor não só está errado, como é impossível. Nenhum executivo, individualmente, pode ditar as decisões de investimentos da BlackRock. Administramos o maior fundo de ações do Brasil e também o maior fundo de ações que investe em empresas brasileiras, globalmente. Além dos investimentos de nossos clientes no país, somente no último ano aumentamos nossa equipe local em mais de 60% e disponibilizamos, através dos BDRs, 87 ETFs globais para os investidores brasileiros. Aproveitamos essa oportunidade para reiterar nosso compromisso de longo prazo com o Brasil, e oferecer oportunidades de investimentos no país aos nossos clientes no mundo todo.”