Os Estados Unidos esperam que o presidente Jair Bolsonaro seja signatário de um documento em defesa da democracia, que prevê o apoio ao trabalho de observadores eleitorais.
O tema é parte de uma das declarações de intenções que a Casa Branca pretende emplacar durante a Cúpula das Américas, da qual o líder brasileiro participará na próxima semana em Los Angeles.
O Brasil dá sinais de que irá assinar o documento.
‘O Brasil está participando desde o início do processo negociador em espírito construtivo e aberto. Essa declaração (sobre democracia e direitos humanos) não coloca nenhum problema para o Brasil, porque o país cumpre com tudo o que lá está e participa ativamente e apoia as missões de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA). O Brasil não está na lista de países que têm problemas com missões eleitoras” afirma o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, Secretários das Américas no Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Em abril deste ano, o Itamaraty se incomodou com a intenção do Tribunal Superior Eleitoral de buscar apoio de observadores internacionais europeus nas eleições. Em nota, o MRE afirmou que não é “da tradição do Brasil ser avaliado por organização eleitoral da qual faz parte”. A Cúpula das Américas, no entanto, é organizada no âmbito da OEA, da qual o Brasil é integrante.
“Os Estados Unidos sabem que todos temos trabalho a fazer para construir uma democracia forte e inclusiva no hemisfério, inclusive aqui em casa ” afirmou Brian Nichols, secretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, em entrevista coletiva.