O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descartou nesta quarta (8) o envio de tropas americanas à Ucrânia caso seja invadida pela Rússia, mas advertiu ao mandatário russo, Vladimir Putin, que tal ofensiva teria consequências econômicas “nunca vistas”.
“Não está sobre a mesa”, disse Biden ao ser questionado por jornalistas na Casa Branca sobre um possível envio de tropas dos EUA ao território ucraniano. “A ideia de que os Estados Unidos vão usar unilateralmente a força para enfrentar a Rússia se este país invadir a Ucrânia não está sobre a mesa agora”, acrescentou o presidente
Biden recordou que os EUA têm uma “obrigação sagrada” de ajudar militarmente os seus aliados da Otan caso sejam atacados, mas que este compromisso “não se estende” à Ucrânia, que não é membro da aliança.
O que Biden faria no caso de um ataque russo à Ucrânia seria “fornecer (mais) capacidades defensivas aos ucranianos”, além de provavelmente “reforçar” a presença dos EUA em países da parte oriental da OTAN, ressaltou.
“Fui muito direto (com Putin). Deixei bem claro que se ele invadir a Ucrânia haverá consequências graves, consequências econômicas nunca vistas por ele, ou nunca vistas antes. A resposta imediata foi que ele compreendeu. Estou absolutamente confiante que (Putin) recebeu a mensagem”, contou o mandatário americano.