Base conservadora pretende atrapalhar tentativa de revogaço petista

A intenção da administração petista seria reverter, em pouco tempo, os decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas. O revogaço em início de gestão tem um precedente que inspira o futuro governo: Horas após a posse, Joe Biden assinou 17 medidas que alteraram políticas adotadas no governo Donald Trump nos Estados Unidos.

Além das questões relacionadas às armas, estão na mira do petista atos que estabeleceram protocolos sanitários durante a pandemia da Covid-19, além de cem decretos e atos normativos relacionados à proteção ambiental, como medidas que impedem a aplicação de multas.

Parlamentares de oposição querem ser chamados para tratativas. Em café da manhã na casa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na última quarta-feira (30), integrantes da bancada que defende o uso de armas disseram que estão atentos à pretendida mudança na política armamentista de Bolsonaro. Eles ameaçam resistir.

O encontro dos deputados com Lira ocorreu horas antes de o presidente da Câmara se reunir com Lula. O petista passou a última semana em Brasília em articulações para construir a base do governo. Lula conversa com líderes do MDB, PSD e União Brasil para tentar atraí-los e anunciou apoio à reeleição de Lira.

A dimensão da base será determinante para diminuir a resistência a um revogaço. A bancada das armas, por exemplo, será composta por 44 deputados em 2023 – dos quais sete deles são do União Brasil. Segundo o Deputado Alberto Fraga (PL-DF), os parlamentares estão abertos a negociar, mas, para isso, Lula não deve “atropelar” o Congresso.

Fonte: https://pleno.news/brasil/politica-nacional/revogaco-de-lula-deve-encontrar-barreira-no-congresso-nacional.html

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