O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou não ver com preocupação a manifestação de 7 de Setembro se ela servir de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Porém, Barroso disse que a manifestação pode mostrar “o tamanho do fascismo no Brasil”, caso seja palco de “ataques” às instituições.
“O 7 de Setembro se forem os apoiadores de um dos candidatos (mostrando suporte), faz parte da democracia. E devemos olhar isso com todo o respeito. Agora, se for o episódio para fechamento do Supremo ou do Congresso, aí vamos saber mesmo o tamanho do fascismo e do sentimento antidemocrático no Brasil”, disse o magistrado nesta sexta-feira (05).
Barroso afirmou ser necessário separar apoio aos candidatos — que chamou de “liberdade democrática” — dos “ataques às instituições”:
“Uma coisa é a liberdade de apoiar qualquer candidato, a outra coisa é querer destruir as instituições. Apoiar um candidato é liberdade democrática. Agora, destruir as instituições é fascismo, um sentimento antidemocrático. E isso precisa ser reprimido”.
Cármen Lúcia dá cinco dias para Bolsonaro explicar mudanças
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cinco dias para explicar quais vão ser as mudanças no desfile de 7 de Setembro, no Rio de Janeiro. A decisão partiu da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de uma ação do partido Rede Sustentabilidade. A sigla enxerga o uso eleitoreiro do presidente no desfile.
A determinação também inclui que a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República se manifestem em três dias. Cármen Lúcia pretende analisar as informações, para só depois decidir se vai ou não impedir as mudanças, atendendo o desejo do partido.