Um ataque ainda sem autoria deixou mais de 100 mortos na cidade de Solhan, norte de Burkina Faso, entre a noite desta sexta (4) e a madrugada deste sábado (5), confirmou o governo do país.
Trata-se da ação mais violenta registrada desde 2015.
De acordo com uma fonte local, primeiro o ataque teve como alvo um posto dos Voluntários pela Defesa da Pátria (VDP), de apoio civil ao Exército, e “depois os agressores foram às casas dos moradores, que foram executados”.
A região é dominada por grupos terroristas islâmicos e milícias jihadistas, mas ainda nenhum deles assumiu a autoria dos ataques.
O país vive uma espiral de violência desde 2015 por conta da atuação dos jihadistas e, conforme dados das Nações Unidas, mais de 1,2 milhão de moradores perderam suas residências por conta do conflito. Só em 2019, foram contabilizadas mais de 1,8 mil mortes em ataques. .
A cidade de Solhan fica a cerca de 15 quilômetros de Sebba, a capital da província de Yagha, e não muito distante da fronteira com o Mali. A ação foi a maior, mas não a única nas últimas semanas. Pequenos ataques estavam sendo realizados, com uma média de 15 mortes, em cidades próximas, mesmo com a atuação reforçada do Exército do país.
Como forma de homenagear as vítimas, o governo de Burkina Faso decretou 72 horas de luto nacional.
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