O presidente do Chile, Gabriel Boric, criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista à revista Time. Boric disse que a “América Latina tem que reagir em conjunto para colaborar na prevenção,” em relação à suposta tentativa de golpe contra a democracia no país.
O presidente chileno ainda elogiou manifestos em defesa do sistema eleitoral brasileiro, como os publicados pela USP (Universidade de São Paulo) .
“Se houver uma tentativa como aconteceu, por exemplo, com a Bolívia em 2020, em que se acusou de fraude que não foi, e um golpe de estado foi validado, a América Latina tem que reagir em conjunto para colaborar na prevenção”, comentou o presidente chileno.
Projeto de Constituição do Chile é falho e ameaça a prosperidade do país
No próximo domingo (4), cerca de 15 milhões de chilenos e chilenas estão convocados a participar do plebiscito constitucional que irá definir se o país terá ou não uma nova constituição. Após um ano de escrita da nova carta magna e dois meses de consulta popular, o texto final passará pelo escrutínio público. A pergunta nas cédulas de votação é: “Você aprova o texto da Nova Constituição proposta pela Convenção Constitucional?”. As opções de resposta são “aprovo” ou “rechaço”.
Nesta quinta-feira (1º), encerra o período de campanha e a partir de sexta-feira (2) atos ou manifestações públicas também estão proibidos.
Pelo lado do “aprovo” foram realizadas manifestações massivas no último fim de semana e convocaram as últimas panfletagens porta a porta para atingir a meta de visitar 2 milhões de casas durante a campanha. O encerramento de campanha será realizado com um festival de música no centro da capital.
Já os setores que defendem o “não” estão focados na campanha nas redes sociais, inclusive criticando diretamente que os deputados eleitos não estavam aptos para escrever uma nova carta magna para o país. O encerramento da campanha acontece no anfiteatro do Parque Metropolitano, também em Santiago.
Há ainda um setor da esquerda que convoca o voto nulo, afirmando que o texto constitucional apresentado não representa os anseios dos setores que se mobilizaram em outubro de 2019, alterando pouco o caráter neoliberal do Estado chileno.