A maior floresta tropical do mundo é um assunto do Brasil e os estrangeiros precisam parar de se intrometer na Amazônia, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
“Não aceito essa história de que a Amazônia é patrimônio da humanidade, isso é uma grande bobagem”. A Amazônia é brasileira, patrimônio do Brasil e tem de ser tratada pelo Brasil em proveito do Brasil.”, afirmou o general.
A declaração do general coincide com os planos do governo de rever as áreas de conservação existentes em meio à crescente pressão dos lobbies de mineração e agricultura.
O general Heleno que já liderou uma missão de paz das Nações Unidas no Haiti, criticou severamente as organizações não-governamentais que trabalham no país, dizendo que algumas delas funcionam como cortina de fumaça de interesses estrangeiros.
“Há influência estrangeira na Amazônia, totalmente desnecessária e nefasta”, disse Heleno. “As ONGs servem para esconder interesses. Há interesses estratégicos, econômicos, geopolíticos, tudo se mistura.”
Este mês, oito ex-ministros do Meio Ambiente brasileiros escreveram uma carta aberta apontando que Bolsonaro está desmantelando sistemas de proteção ambiental e prejudicando a imagem do país no exterior.
O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, respondeu dizendo que são as ONGs que prejudicam a reputação do Brasil.
“O que vem causando prejuízos à imagem do Brasil é a permanente e bem orquestrada campanha de difamação promovida por ONGS e supostos especialistas, para dentro e para fora do Brasil” disse o ministro Salles
O general Heleno acrescentou:
“Temos capacidade para fazer o desenvolvimento sustentável da Amazônia sem prejudicar o resto do mundo”, disse Heleno. “Agora, aceitar que o resto do mundo dê palpite na Amazônia quando o resto do mundo jamais aceitou palpite de outros países, eu não aceito.” completou o general.