O chanceler alemão Olaf Scholz declarou hoje que Alemanha, França e Polônia acordaram em comprar mais armamentos para a Ucrânia no mercado global de forma imediata e em formar uma nova aliança para fornecer foguetes de longo alcance ao país.
“Não vamos desistir do nosso apoio”, enfatizou Scholz ao término da reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, no formato do Triângulo de Weimar
Ele indicou que os três países concordaram, entre outras medidas, em “adquirir imediatamente mais armas para a Ucrânia em todo o mercado mundial”, ampliar a produção de equipamento militar, também com parceiros na Ucrânia, e criar no Grupo Ramstein “uma nova coalizão para uma artilharia de foguetes de longo alcance”.
A reunião ocorreu enquanto a Rússia vota em uma eleição que provavelmente estenderá o governo do presidente Vladimir Putin.
Scholz havia dito na quarta-feira que discutiu sobre o apoio necessário ao presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. “Ele sabe que pode contar conosco e hoje, a partir daqui, renovamos esse sinal de apoio a Kiev”, disse após a reunião. E acrescentou: “Mas também está chegando um sinal muito claro a Moscou: o presidente russo deve saber que não vamos desistir do nosso apoio à Ucrânia”.
O líder alemão destacou: “A partir de agora, vamos adquirir ainda mais armas para a Ucrânia no mercado mundial em geral”.
“Em segundo lugar, ampliaremos a produção de equipamento militar, inclusive por meio da cooperação com parceiros na Ucrânia”, ressaltou; ao mesmo tempo em que destacou a criação de uma nova “coalizão para a artilharia de foguetes de longo alcance”.
Scholz não deu detalhes e os três líderes não responderam perguntas. Macron, por sua vez, reafirmou o apoio da França a um plano iniciado pela República Tcheca para comprar munições e projéteis fora da União Europeia, mas também não deu detalhes.
“Queremos ajudar de todas as formas possíveis aqui e agora para que a situação na Ucrânia nas próximas semanas e meses melhore, não piore”, manifestou Tusk.
As forças de Kiev esperam obter mais suprimentos militares dos aliados ocidentais da Ucrânia, mas, enquanto isso, estão lutando contra um exército russo maior e melhor abastecido que está pressionando com força em alguns pontos da linha de frente na Ucrânia.