Ursula von der Leyen e Zelensky reuniram em Kiev
“Nunca poderemos igualar o sacrifício do povo ucraniano. Mas estamos mobilizando nosso poder econômico para fazer Putin pagar. Impusemos pesadas sanções contra a Rússia e já estamos preparando a 6ª onda. A Rússia descerá, enquanto a Ucrânia marcha em direção a um futuro europeu”, disse a presidente da Comissão Europeia
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky se reuniram nesta sexta (8) em Kiev, a capital ucraniana, para debater as sanções à Rússia bem como os ataques do Exército de Moscou.
Depois do encontro, a líder da Comissão Europeia e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, seguem para Varsóvia, na Polônia, onde devem participar do evento Stand up for Ukraine, que será realizado amanhã (9) e se destina a angariar fundos para os refugiados ucranianos.
A visita demonstra apoio europeu à Ucrânia, tanto diplomático como também financeiro e militar (fornecimento de armas).
Ursula von der Leyen em Kiev: “A democracia vai ganhar esta guerra, a liberdade vai ganhar esta guerra”
Von der Leyen afirmou que, ao longo do tempo, os aliados ocidentais devem apertar as sanções contra a Rússia, para evitar que Moscou encontre maneiras de escapar das punições. “Estou convencida de que a Ucrânia vencerá está guerra”, ressaltou.
A líder europeia anunciou que esta viagem, que tem como objetivo manifestar seu “apoio indefectível” à Ucrânia
“Nosso objetivo é apresentar a candidatura da Ucrânia ao conselho neste verão (junho a setembro no hemisfério norte).”
“O povo ucraniano merece a nossa solidariedade. É por isso que irei a Kiev amanhã [sexta-feira]”, disse, numa conferência de imprensa em Estocolmo.
“Quero enviar uma mensagem de apoio inabalável ao povo ucraniano e à sua corajosa luta pelos nossos valores comuns”, acrescentou Ursula von der Leyen.
Von der Leyen disse que o aumento de sanções e apoio financeiro às tropas ucranianas estão em discussão, e que certamente a Ucrânia “terá mais armas”.
“Viemos aqui para Kiev com o compromisso financeiro de 500 milhões a mais em armas, também conversei com o primeiro-ministro sobre a sua necessidade, portanto o fluxo de armamentos está melhor agora para a Ucrânia para que possam se defender e também lutar por nossas democracias”, pontuou.
“A Rússia definhará, mas a Ucrânia crescerá. Será uma vitrine da Europa.”, disse Ursula
No discurso feito ontem em Kiev, Ursula von der Leyen, assumiu o tom de “nós contra eles” .
Boris Johnson faz visita-surpresa a Kiev e se reúne com Zelensky; líder britânico promete aumentar sanções à Rússia
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, realizou neste sábado (9) uma visita-surpresa à Ucrânia, durante a qual reuniu-se com Volodimir Zelensky, em Kiev.
“Juntamente com nossos parceiros, vamos aumentar a pressão econômica e continuaremos a intensificar, semana a semana, as sanções à Rússia”, disse Johnson a jornalistas ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy
Reino Unido oferece 120 blindados e mísseis antinavio e antitanque à Ucrânia
Durante o encontro, os dois líderes falaram sobre ajuda económica e militar e Boris Johnson anunciou um nove pacote de financiamento de 500 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de euros) para a Ucrânia através do Banco Mundial, o que eleva o montante total de fundos comprometidos por esse meio para 1.000 milhões de dólares (cerca de 910 milhões de euros).
A ajuda financeira, ainda sujeita à aprovação do Parlamento britânico, pretende “continuar a manter os serviços humanitários vitais em funcionamento”, segundo um comunicado do Governo do Reino Unido.
Boris Johnson prometeu ainda fornecer à Ucrânia 120 veículos blindados e mísseis antinavio, bem como 800 projéteis antitanque, para fazer frente às forças invasoras russas.
“Juntamente com nossos parceiros, vamos aumentar a pressão econômica e continuaremos a intensificar, semana a semana, as sanções à Rússia”, disse Johnson a jornalistas ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy
O Ministério da Defesa da Ucrânia elogiou Boris Johnson por ser o primeiro líder do G7 a visitar o país desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.
Integrante da Otan, Eslováquia é o primeiro país a enviar sistema de defesa aérea S-300 para a Ucrânia
O governo da Eslováquia anunciou o envio de seu único sistema de defesa aérea S-300 para a Ucrânia, atendendo a um pedido feito por Kiev para que nações aliadas fornecessem armamentos para ajudar as forças do país na contenção dos ataques áreos da Rússia, mas que não tinha sido atendido até o momento.
O equipamento, de fabricação soviética e “herdado” da antiga Tchecoslováquia após o desmembramento do país, em 1993, já teria sido entregue às forças ucranianas, de acordo com fontes do governo.
No mês passado, a Alemanha e a Holanda adquiriram três baterias do sistema de defesa Patriot, de fabricação americana, para que fossem enviados à Eslováquia para serem implementados em conjunto com o S-300 — na época, Bratislava sinalizou que poderia enviar seu antigo sistema caso ele fosse reposto, o que vai acontecer agora, de acordo com o governo americano.
O anúncio coincide com a promessa, anunciada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, de que os EUA e outros 30 países intensificariam o envio de equipamentos militares para os ucranianos, coincidindo com acusações de que as forças russas teriam cometido crimes de guerra em cidades como Bucha, Berdyansk e Mariupol, e com a iminência de uma batalha de grande porte na região Leste do país.
Nas redes sociais, o primeiro-ministro Eduard Heger confirmou o envio dos mísseis. Heger, que esteve na Ucrânia e viu os efeitos da guerra, também disse que a doação não significa que a República Eslovaca se tornou parte do conflito armado na Ucrânia.
EUA colocarão sistema de mísseis Patriot na Eslováquia, anuncia Pentágono
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse nesta sexta-feira (8) que os EUA vão estabelecer um sistema de defesa aérea MIM-104 Patriot e tropas norte-americanas na Eslováquia, um dos países aliados da OTAN.
De acordo com declaração de Lloyd, divulgada nesta sexta-feira (8), a decisão de reposicionar o sistema de mísseis Patriot dos Estados Unidos para a Eslováquia foi uma resposta ao envio do sistema de defesa aérea S-300 do Exército eslovaco para a Ucrânia.
O poderoso sistema de mísseis antiaéreos Patriot é capaz de derrubar drones, aeronaves, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos em um raio de 160 quilômetros. A expectativa do governo norte-americano é que o sistema e os soldados cheguem à Eslováquia nos próximos dias.
No mês passado, a Alemanha e os Países Baixos também enviaram três conjuntos de mísseis Patriot para a Eslováquia, e os EUA posicionaram dois sistemas adicionais no leste da Polônia.
Esses armamentos farão parte de um novo grupo de batalha da OTAN, que está sendo estruturado na Eslováquia.A Aliança Atlântica já tem quatro grupos de batalha na Polônia e nos Estados Bálticos. Os novos grupos de batalha estão sendo enviados para a Eslováquia, Romênia, Bulgária e Hungria.
Rússia pede integração de sistemas de pagamentos dos Brics
A Rússia pediu que os Brics, grupo de economias emergentes que inclui o Brasil, amplie o uso de moedas nacionais e integre sistemas de pagamentos, afirmou o ministério das Finanças neste sábado (9).
Na sexta-feira (8), o ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse em uma reunião ministerial com os Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que a situação econômica global havia piorado bastante devido às sanções, segundo um comunicado do ministério.
“Isso nos leva à necessidade de acelerar o trabalho nas seguintes áreas: uso de moedas nacionais para operações de importação-exportação, a integração de sistemas de pagamentos e cartões, nosso próprio sistema de comunicação financeira e a criação pelos Brics de uma agência de avaliação de risco independente”, disse Siluanov.
A Rússia organizou seu próprio sistema de pagamentos, conhecido como SPFS, como uma alternativa ao Swift. O país também montou seu próprio sistema de pagamentos com cartões, MIR, que começou a operar em 2015.
As iniciativas foram parte de uma tentativa de Moscou de desenvolver ferramentas financeiras domésticas para espelhar as ocidentais e proteger o país, se punições contra Moscou fossem ampliadas.
O ministério das Finanças disse que os ministros do Brics confirmaram a importância da cooperação para tentar estabilizar a atual situação econômica.
Parlamento do Paquistão destitui primeiro-ministro, Imran Khan
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, foi destituído neste sábado (9) em uma moção de censura parlamentar, após várias semanas de crise política no país do sul da Ásia que detém armas nucleares.
O presidente interino da Câmara, Sardar Ayaz Sadiq, indicou que “a moção de censura foi aprovada”, depois de ter obtido uma maioria de 174 votos em um total de 342 lugares.
Nenhum chefe de governo completou seu mandato no Paquistão desde a independência do país em 1947, mas Khan é o primeiro a cair por uma moção de censura parlamentar.
O Parlamento ainda não indicou quando designará o seu sucessor, embora o líder da oposição, Shehbaz Sharif, se mantenha forte como candidato a liderar o país de 220 milhões de habitantes e população majoritariamente muçulmana.
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