34º dia conflito Rússia na Ucrânia

Putin exige que nacionalistas ucranianos de Mariupol entreguem as armas

O presidente russo, Vladimir Putin, vinculou a “solução da situação humanitária” na cidade sitiada de Mariupol ao desarmamento de “grupos nacionalistas ucranianos”, informou o governo russo.

Em telefonema com o francês, Emmanuel Macron, Putin “enfatizou que, para resolver a situação humanitária naquela cidade [Mariupol], os milicianos nacionalistas terão de acabar com a sua resistência e depor as armas”, apontou o Kremlin.

Durante a conversa, Putin tocou no ponto sobre a transição para pagamento em rublo do gás russo, segundo o Kremlin. Entretanto, o presidente francês disse que é impossível pagar contratos de gás na moeda russa.

Secretário de Estados dos EUA diz que não enxerga diminuição nos ataques russos, como prometido

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a Casa Branca não viu sinais reais de seriedade nas promessas russas de diminuir radicalmente os ataques às cidades de Kiev e Chernihiv.

Blinken disse que cabe à Ucrânia caracterizar se houve progresso real nas negociações, mas acrescentou que os Estados Unidos estão focados nas ações da Rússia, não somente em suas palavras.

Ele ainda fez questão de ressaltar que se isso é confiável para a Ucrânia, eles irão apoiar.

O presidente Biden dividiu da mesma opinião quando foi questionado momentos depois, em solo americano.

Abramovich reaparece após suspeita de envenenamento

O oligarca russo  Roman Abramovich, proprietário da equipe do Chelsea, participou das negociações de paz realizadas nesta terça-feira (29) em Istambul, na Turquia.

De acordo com algumas imagens divulgadas pela imprensa turca, Abramovich aparece sentado ao lado de Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. O bilionário, que vestia um terno azul, estava usando fones de ouvido para tradução.

A presença de Abramovich também sugere que o dono do Chelsea ainda segue envolvido de alguma maneira nas tentativas de mediação.

A porta-voz de Abramovich confirmou a suspeita de envenenamento sofrido pelo proprietário dos Blues no início de março. O jornal “Financial Times”, informou que o russo  perdeu a visão por algumas horas após uma reunião em Kiev e recebeu tratamento médico adequado na Turquia. 

Zelensky pediu a Joe Biden para não sancionar o ex-Dono do Chelsea

Volodymyr Zelensky pediu a Joe Biden para não sancionar o oligarca russo Roman Abramovich, apurou esta quarta-feira o Wall Street Journal.

De acordo com o jornal, Biden preparou uma lista de personalidades de oligarcas russos que seriam sancionados pelo governo norte-americano, tendo comunicado por telefone ao Presidente ucraniano, que, por sua vez, pediu ao seu homólogo dos EUA para não aplicar qualquer sanção a Abramovich .

Fonte da Casa Branca não quis comentar, nem confirmou a informação: “Não vamos divulgar conversas privadas entre o Presidente Biden e o Presidente Zelensky”. Já representantes de Abramovich indicaram que, para as negociações terem sucesso, “não é útil comentar o seu envolvimento”.

Enquanto o Reino Unido e a União Europeia já aplicaram sanções a Roman Abramovich, os EUA ainda não o fizeram. 

Ucrânia propõe adotar neutralidade, e Rússia diz que vai ‘reduzir radicalmente’ ataques a Kiev

Vice-ministro da Defesa russo anunciou redução dos ataques após fim das conversas entre as delegações Rússia e Ucrânia em Istambul para tentar chegar a um acordo de paz. Russos dizem que isso não significa um cessar-fogo.

O vice-ministro disse ainda que Moscou vai revelar mais detalhes da decisão e das negociações após a delegação russa retornar ao país. O anúncio foi feito depois do final da nova rodada de negociações que Rússia e Ucrânia realizaram nesta manhã em Istambul, na Turquia, para tentar colocar fim a mais de um mês de ataques russos ao território ucraniano.

No encontro, a Ucrânia propôs adotar a neutralidade, segundo informaram membros da delegação na saída da reunião. O status neutro significa que o país não pode fazer parte de alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nem hospedar bases militares em seu território.

Em troca, Kiev pediu garantias de segurança, disseram negociadores ucranianos.

No início da sessão, o presidente turco pediu colaboração das duas partes. “As partes têm preocupações legítimas, é possível chegar a uma solução que seja aceitável para a comunidade internacional. A prorrogação do conflito não interessa a ninguém”, afirmou Erdogan, que pediu pressa às delegações.

“O mundo inteiro espera boas notícias”, disse o líder turco aos negociadores.

Reunião Rússia x Ucrânia na Turquia — Foto: Governo da Ucrânia/Reuters

Ucrânia desiste de sua intenção de recuperar Crimeia e Donbass pela via militar, diz líder da delegação Russa

O assessor do presidente russo e líder da delegação russa nas negociações com Kiev, Vladimir Medinsky, informou após o termino do primeiro dia de conversações que Kiev promete desistir da entrada em alianças militares.

“A Ucrânia desiste da adesão a alianças militares, da implantação de bases militares estrangeiras, de contingentes, da organização de manobras militares no território ucraniano sem aprovação dos Estados garantes, inclusive da Federação da Rússia”, disse o assessor no ar do canal de TV Pervy.

As propostas da Ucrânia a respeito do sistema de garantias de segurança pressupõem que elas não se aplicam ao território da Crimeia e Donbass, segundo contou Medinsky.

“As garantias de segurança não se aplicam aos territórios da Crimeia e Sevastopol, quer dizer, a Ucrânia desiste de sua intenção de retomar a Crimeia, Sevastopol pela via militar e declara que isso é possível exclusivamente por via negocial. Certamente, isso não corresponde de forma nenhuma à nossa posição, mas a Ucrânia formulou assim sua abordagem.”

Por seu lado, Kiev insta que a Rússia não se oponha à entrada da Ucrânia na União Europeia, confirme Medinsky. Conforme resumiu as propostas ucranianas são “um passo construtivo rumo ao compromisso” e a Rússia vai ponderá-las todas.

Negociador russo diz que desescalar em relação a Kiev e Chernigov não significa cessar-fogo

Nesta terça-feira (29), o chefe da delegação russa nas negociações russo-ucranianas, Vladimir Medinsky, afirmou que ainda há um longo caminho a ser percorrido entre os dois países para se chegar a um acordo de paz “mutuamente aceitável“. Entretanto, Medinsky destacou que Moscou considera as propostas escritas por Kiev “um passo em direção a um compromisso”, acrescentando que a Rússia entregará suas contrapropostas à Ucrânia em breve.

Ao mesmo tempo, o negociador declarou que diminuir radicalmente operações de combate em Kiev e Chernigov não significa um cessar-fogo total.

“Não se trata de um cessar-fogo, mas sim de nosso objetivo de reduzir a escalada do conflito, pelo menos nessas áreas”, explicou. A intenção em desescalar a operação nestas regiões é “não expor esta cidade [Kiev] a riscos [militares] adicionais“.

Shoigu diz tarefas da 1ª etapa da operação foram concluídas, agora nos vamos concentrar em Donbass

“Em geral, as principais tarefas da primeira fase da operação foram cumpridas. O potencial de combate das Forças Armadas ucranianas foi significativamente reduzido, o que permite concentrar a principal atenção e os esforços para alcançar o objetivo principal – a libertação de Donbass”, afirmou o ministro.

Shoigu informou também que, nas últimas duas semanas da operação especial na Ucrânia, foram eliminados cerca de 600 mercenários estrangeiros, mais de 500 deixaram o país.

Além disso, o chefe da entidade militar russa ressaltou que a operação militar continuará até que os objetivos colocados sejam alcançados.

De acordo com ele, durante a operação o Exército russo está ativamente ajudando a população das repúblicas populares de Donetsk (RPD), Lugansk (RPL) e da Ucrânia a retornar à normalidade.

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