UE dobra para 1 bilhão de euros auxílio à Ucrânia
Os 27 estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (23/03) o envio de 500 milhões de euros adicionais em ajuda à Ucrânia, dobrando para 1 bilhão de euros os repasses a Kiev do Fundo Europeu para a Paz.
O novo pacote de ajuda aprovado pela UE ocorre às vésperas da cúpula de líderes europeus com o presidente dos EUA, Joe Biden, para discutir o conflito nesta quinta-feira, em Bruxelas.
“Os 500 milhões de euros adicionais do Fundo Europeu para a Paz são outro sinal do apoio da UE às forças armadas ucranianas para defender o seu território e a sua população”, disse Josep Borrell, presidente do Parlamento Europeu.
Reino Unido dobra número de mísseis enviados à Ucrânia antes da cúpula da Otan
O Reino Unido dobrará o número de mísseis que envia para a Ucrânia e pedirá aos aliados ocidentais que intensifiquem as provisões de ajuda letal ao país, à medida que a invasão russa se transforma em uma prolongada guerra de desgaste.
Boris Johnson dirá aos líderes mundiais na cúpula da Otan na quinta-feira que o conflito está entrando em uma nova fase de agressão e catástrofe humanitária com o cerco de Mariupol e os ataques indiscriminados a civis.
Antes da cúpula, Johnson disse que o Reino Unido forneceria 6.000 novos mísseis defensivos, incluindo armas altamente explosivas, e £ 25 milhões de fundos do Ministério das Relações Exteriores para ajudar a Ucrânia a pagar suas forças militares e policiais. Nem todos os mísseis devem ser armas antitanque leves de próxima geração (NLAWs) – dos quais o Reino Unido já forneceu mais de 4.200.
O armamento adicional significa que o Reino Unido já forneceu mais de 10.000 mísseis. Ela fornecerá mísseis antiaéreos de alta velocidade Starstreak para ajudar os ucranianos a se defenderem contra bombardeios aéreos, bem como armaduras, capacetes e botas de combate.
Anonymous dizem que hackearam sistema do Banco Central da Rússia
Segundo postagem em rede social, mais de 35 mil arquivos serão divulgados nas próximas 48 horas com “acordos secretos”.
Eles já haviam declarado uma “guerra cibernética” contra Vladimir Putin após o início da invasão russa da Ucrânia.
Putin determina que Europa e ‘países hostis’ paguem por gás russo em rublos
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta (23) que a Rússia exigirá a partir de agora que “países hostis”, incluindo os da União Europeia (UE), paguem pelo gás russo em rublos.
No início de março, o Kremlin anunciou uma lista de 48 Estados considerados hostis, incluindo os EUA, Japão, todos os membros da UE, Suíça e Noruega. O Brasil não faz parte da lista.
A medida, que tem o objetivo de fortalecer a moeda russa, é uma resposta ao congelamento dos ativos no exterior do Banco Central russo pelos EUA e os países da UE, em retaliação à invasão da Ucrânia.
Putin instruiu o Banco Central russo para que estabeleça mecanismos de pagamento com a Europa em rublos no prazo de uma semana.
“Não faz sentido receber o pagamento em dólares e euros pelo fornecimento de nossos produtos aos EUA e à UE”, afirmou Putin.
O anúncio teve um efeito imediato na moeda russa, que registrou valorização diante do euro e do dólar, depois da forte queda desde 24 de fevereiro, quando as forças russas invadiram a Ucrânia.
Por sua vez, a Rússia seguirá fornecendo gás em quantidade e pelos preços fixados nos contratos firmados anteriormente, já que valoriza sua reputação, observou o presidente russo.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que nas últimas semanas vários países ocidentais tomaram decisões ilegítimas de congelamento de ativos da Rússia, o que acabou com a confiança nas moedas desses países.
“Nas últimas semanas, como todos sabem, diversos países ocidentais tomaram medidas ilegítimas sobre o chamado congelamento de ativos russos. Este Ocidente coletivo acabou com a confiança em suas moedas, já falamos sobre isso. Tanto os EUA quanto a UE declararam uma verdadeira suspensão de suas obrigações perante a Rússia.
Agora todo o mundo sabe, além de já ter suspeitado, mas agora já sabe, que as obrigações em dólares e euros podem não ser cumpridas”, destacou o presidente russo.
Putin também disse que outras exportações russas serão submetidas à mesma regra. Horas depois do anúncio do líder russo, a agência de notícias russa Tass citou o chefe da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, dizendo que a agência mudará seus contratos com outros países para rublos.
Segundo a Gazprom, que se negou a comentar a decisão de Putin, 58% de suas vendas de gás natural para a Europa e outros países em 27 de janeiro foram liquidadas em euros. Os dólares americanos representaram cerca de 39% das vendas brutas e a libra esterlina cerca de 3%. O gás russo representa cerca de 40% do consumo total de gás da Europa.
Biden chega a Bruxelas para reuniões de cúpula sobre conflito Rússia x Ucrânia
O presidente americano, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (23) a Bruxelas, onde participará na quinta-feira das cúpulas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do G7 e da União Europeia (UE).
As três cúpulas, que serão realizadas consecutivamente na capital belga, têm agendas centradas na invasão russa da Ucrânia. Na sexta e no sábado, o presidente americano visitará a Polônia, país fronteiriço com a Ucrânia.
Nas redes sociais foi feita a seguinte postagem: Obrigado Primeiro Ministro@alexanderdecroo pelas calorosas boas-vindas em Bruxelas. Estou ansioso pelo nosso trabalho conjunto – com todos os nossos aliados e parceiros – esta semana, enquanto continuamos respondendo à guerra escolhida por Putin na Ucrânia.
OTAN solicita acordo de aliados para defender Ucrânia de armas químicas
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira (23), em cúpula de líderes dos países que integram a aliança, que espera um acordo para garantir apoio à Ucrânia, diante de “ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares”.
“Amanhã, espero que os aliados concordem em oferecer apoio adicional, incluindo assistência para cibersegurança, assim como equipamento para ajudar a Ucrânia a se proteger contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares”, disse o político norueguês, em entrevista coletiva.
Stoltenberg não quis dar detalhes sobre o tipo de equipamento que os membros da OTAN poderiam oferecer à Kiev para a defesa neste tipo de cenário, mas garantiu que a aliança está preocupada pela possibilidade de uso destes tipos de armas.
“Também vemos, não só a retórica nuclear do lado russo, mas também afirmações falsas de que a Ucrânia, apoiada por aliados da OTAN, está produzindo e se preparando para o uso de armas químicas. Isso é uma acusação absolutamente falsa”, garantiu.
EUA posicionam grupo de porta-aviões para possível criação de zona de exclusão aérea na Ucrânia
A Marinha dos EUA implantou um grupo de ataque de porta-aviões no Mediterrâneo para criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, caso Biden dê essa ordem.
Os EUA operam 11 grupos de ataque de porta-aviões, os implantando frequentemente em todo o mundo ao longo de décadas em uma demonstração de força contra nações menores e militarmente mais fracas.
O grupo de ataque do porta-aviões USS Truman foi enviado ao Mediterrâneo, com o secretário da Marinha, Carlos Del Toro, afirmando que sua missão inclui “dissuadir” a Rússia e implementar uma potencial zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, caso o presidente americano, Joe Biden, ordene seu estabelecimento.
“Existem muitos navios e submarinos russos no Mediterrâneo atualmente, e é por isso que é importante para a OTAN ter uma presença igual, para dissuadi-los. A única coisa que Putin entende é a força”, afirmou Del Toro
“O papel do Truman, com outros aliados, é dissuadir os russos de novas agressões e estar em constante espera por ordens que possam ser dadas pelo nosso presidente ou por outros líderes ao redor do mundo para a proteção da Ucrânia e do povo ucraniano”, adicionou.
O USS Truman tem sido usado em guerras de agressão dos EUA, com suas aeronaves voando mais de 1.200 missões de combate durante a invasão do Iraque em 2003, e auxiliando as forças da coalizão durante a luta contra o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) no Afeganistão na década de 2010.
Otan deve enviar mais tropas ao Leste Europeu, diz secretário-geral da aliança
Um dia antes da cúpula de membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para discutir a guerra na Ucrânia, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, afirmou que novas tropas devem ser enviadas ao Leste Europeu de modo a aumentar as forças militares nos territórios aliados da região.
“O primeiro passo é o lançamento de novos batalhões da Otan na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia”, disse.
“Com nossas forças existentes nos Países Bálticos e Polônia, isso significa que teremos oito batalhões da Otan no flanco leste, dos Países Bálticos ao Mar Negro”, afirmou Stoltenberg em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23).
Kremlin: enviar forças de paz da Otan para a Ucrânia seria extremamente perigoso
O envio de uma missão de paz da Otan para a Ucrânia seria “muito imprudente” e “extremamente perigoso”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas na quarta-feira (23). “Qualquer possível contato entre nossos militares e militares da Otan pode levar a consequências difíceis de reparar”, completou.
Na sexta-feira (18), o vice-primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, pediu que uma missão internacional de paz fosse enviada à Ucrânia após se reunir com os líderes de Eslovênia, República Tcheca e Ucrânia. Os poloneses planejam apresentar sua proposta para uma missão de paz na Ucrânia na cúpula da Otan em Bruxelas. na quinta-feira (24).
O embaixador polonês nos Estados Unidos, Marek Magierowski, disse recentemente que a Otan precisa considerar “todas as possibilidades” na Ucrânia para enviar um “sinal muito claro ao Kremlin.”
Rússia alerta para potencial estopim para guerra com a Otan
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou também, nesta quarta-feira (23), que se a Otan concordar com uma proposta polonesa de enviar forças de paz para a Ucrânia, a medida pode desencadear um conflito militar entre o bloco liderado pelos EUA e Moscou.
Lavrov também afirmou que Varsóvia pode desejar estabelecer um ponto de apoio na grande cidade ucraniana ocidental de Lvov e permanecer lá após o término do conflito.
“Por que não, eles tinham esses pensamentos, e não apenas pensamentos, isso ocorreu no passado” , disse ele. O diplomata também alertou os estados bálticos contra o envio de seus “pequenos batalhões” para combater as tropas russas na Ucrânia.
Europa não pode encerrar dependência energética da Rússia de repente, diz chanceler alemão
“A Europa encerrará sua dependência energética da Rússia, mas fazê-lo da noite para o dia a mergulharia em recessão“, afirmou o chanceler alemão Olaf Scholz, citando que tomar a medida de forma abrupta colocaria em risco “centenas de milhares de empregos e setores industriais inteiros.”
Em discurso sobre orçamento ao Parlamento alemão, Scholz adotou um tom mais cauteloso sobre a redução da dependência energética da Alemanha em relação à Rússia do que alguns de seus ministros, que deixaram em aberto a possibilidade de impor sanções energéticas, ainda que apenas em teoria, por enquanto.
“Sim, vamos acabar com essa dependência o mais rápido possível. Mas fazê-lo da noite para o dia significaria mergulhar nosso país e toda a Europa em uma recessão”, disse Scholz ao Bundestag, a câmara baixa do parlamento.
“Centenas de milhares de empregos estariam em risco. Setores inteiros da indústria estariam à beira do colapso”, disse ele. “As sanções não devem prejudicar mais os estados europeus do que os líderes russos.”
Zelensky fala na Assembleia da França e pede ajudar na negociação com a Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje ao parlamento francês que espera que França ajude a Ucrânia a acabar com a “guerra contra a liberdade, igualdade e fraternidade” causada pela invasão russa.
“Esperamos da França, da vossa liderança (…), que ajude a restaurar a integridade territorial da Ucrânia”, afirmou Zelensky, que se dirigia por videoconferência aos deputados e senadores excecionalmente reunidos para a ocasião.
Zelensky também pediu que as empresas francesas implantadas na Rússia a pararem de apoiar “a máquina de guerra” russa e a abandonarem a Rússia, referindo como exemplos as marcas Renault, Auchan e Leroy Merlin.
“As empresas francesas devem abandonar o mercado russo. Renault, Auchan, Leroy Merlin e outras devem parar de ser as patrocinadoras da máquina de guerra da Rússia”, sustentou, na declaração transmitida à Assembleia Nacional Francesa.
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