Rússia só usará armas nucleares em caso de ‘ameaça existencial’, diz porta-voz do Kremlin
A Rússia só usará armas nucleares na Ucrânia se enfrentar uma “ameaça existencial”, disseo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à jornalista americana Christiane Amanpour.
“Temos um conceito de segurança nacional, é de domínio público, você pode ler todas as razões pelas quais as armas nucleares podem ser usadas. Ou seja, se houver uma ameaça à existência do país, elas podem ser usadas, de acordo com o nosso conceito. Não há outro motivo mencionado nesse texto”, disse ao programa da emissora CNN International.
“Se for uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas de acordo com nossa doutrina.”
Putin quer tirar nazistas de Mariupol, não ocupar Ucrânia, diz Peskov
Peskov disse que o objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, com a operação militar especial na Ucrânia é acabar com os grupos nazistas da região de Mariupol, e não ocupar o país.
Na entrevista à CNN, ele apontou também que a operação de desnazificação de Mariupol tem a simpatia de parte dos cidadãos ucranianos.
Rússia acusa EUA de banditismo após acusação de Biden de possível ataque cibernético
Segundo publicação da agência governamental russa RIA, o Kremlin se posicionou diante das acusações americanas que acenavam para a possibilidade de ataques cibernéticos a grandes empresas dos EUA.
“A Rússia, ao contrário de muitos países ocidentais e dos Estados Unidos, não se envolve em banditismo a nível estatal”, disse o Kremlin.
Na tarde desta segunda-feira, os EUA emitiram um alerta para que grandes empresas tomassem mais cuidado com possíveis ataques cibernéticos russos.
Zelensky pede ajuda ao Parlamento italiano e faz apelo ao papa
Nesta terça-feira (22/3), o líder ucraniano participou de sessão do Parlamento da Itália por videoconferência. Ele aproveitou a ocasião para pedir mais sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin.
Antes de discursar no Congresso italiano, Zelensky foi convidado a falar nos parlamentos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Polônia, do Canadá, da União Europeia e no da Suíça.
Ajuda internacional e apelo ao Papa Francisco esse foi o foco do discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao Parlamento italiano voltou a colocar o mundo, segundo o prisma dele, na rota da guerra.
Zelensky disse que o objetivo da Rússia é avançar para o restante da Europa. “Para as tropas russas, a Ucrânia é a porta da Europa, onde eles querem invadir, mas a barbárie não deve passar”, argumentou.
Ataques aéreos da Rússia devastam Mariupol e transformam cidade em ruínas, diz Zelensky
Nesta terça-feira (22), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que a cidade portuária de Mariupol está em ruínas após bombardeios russos e que há 100 mil pessoas sem acesso a comida, água e medicamentos no local.
“Não restou nada [de Maripuol], apenas ruínas”, disse Zelesnky nesta tarde. O presidente afirmou que pelo menos 300 mil dos 400 mil moradores de Mariupol já deixaram a cidade, e que quem continua no local está sendo impedido de fugir.
Os intensos ataques aéreos da Rússia atingiram a cidade sitiada. O conflito se estendeu após a ucrânia rejeitar a exigência de rendição feita por Moscou.
A Câmara Municipal disse que os bombardeios estavam transformando Mariupol em “cinzas de uma terra morta”.
A agência de notícias russa RIA disse que as forças da Rússia e unidades de separatistas apoiados por russos haviam tomado cerca de metade da cidade, citando um líder separatista.
‘Guerra na Ucrânia não pode ser vencida’, diz secretário-geral da ONU
Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, disse em entrevista a repórteres que a guerra na Ucrânia não pode ser vencida.
“Esta guerra não é vencível. Mais cedo ou mais tarde terá que passar dos campos de batalha para a mesa de paz. Isso é inevitável. A única questão é quantas vidas mais devem ser perdidas? Quantas bombas mais devem cair?”
Guterres ainda chamou atenção para o cerco russo a Mariupol.
“A cidade devastada de Mariupol está cercada por forças russas há mais de duas semanas, submetida a bombardeios e bombardeios implacáveis, para quê?”, disse ele.
Para o português, as cidades ucranianas não devem ser conquistadas uma a uma.
“O único resultado de tudo isso é mais sofrimento, mais destruição e mais horror até onde a vista alcança”, concluiu.
Biden alerta para risco de ataque cibernético russo em reposta a sanções
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu nesta segunda (21), aos parceiros do setor privado, “que endureçam suas defesas cibernéticas imediatamente”, apontando para “evolução em inteligência” e indicando “o potencial de que a Rússia pode realizar atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos”.
Embora tenha prometido que seu governo “continuará a usar todas as ferramentas para impedir, interromper e, se necessário, responder a ataques cibernéticos contra infraestrutura crítica”, o presidente reconheceu em comunicado que “o governo federal não pode se defender contra essa ameaça sozinho”.
“A maior parte da infraestrutura crítica da América pertence e é operada pelo setor privado, e os proprietários e operadores de infraestrutura crítica devem acelerar os esforços para trancar suas portas digitais.
A Agência de Segurança Cibernética e Segurança de Infraestrutura (CISA, em inglês) do Departamento de Segurança Interna tem trabalhado ativamente com organizações em infraestrutura crítica para compartilhar rapidamente informações e orientações de mitigação para ajudar a proteger seus sistemas e redes.”
Entre as medidas que a administração recomenda para se proteger contra ataques cibernéticos estão o uso de autenticação multifator, consulta com profissionais de segurança cibernética para garantir que os sistemas sejam corrigidos e protegidos contra todas as vulnerabilidades conhecidas, alteração de senhas nas redes para evitar que credenciais roubadas sejam usadas, realização de backup e criptografia de dados e educação dos funcionários sobre segurança cibernética.
Biden diz que Putin está ‘contra a parede’ e avaliando uso de armas químicas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na segunda-feira à noite que é “claro” que a Rússia está considerando o uso de armas químicas e biológicas na Ucrânia, ao mesmo tempo que advertiu para uma resposta “severa” do Ocidente caso decida seguir adiante.
“Eles também estão sugerindo que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas na Ucrânia. Isso é um sinal claro de que ele está considerando usar ambas.”
“Ele está de costa para a parede”, disse Biden sobre o presidente russo, Vladimir Putin, ao recordar que Moscou acusou recentemente Washington de armazenar armas químicas e biológicas na Europa.
“Simplesmente não é verdade, eu garanto a vocês”, declarou a líderes empresariais em Washington.
“Também estão sugerindo que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas. Este é um sinal claro de que ele (Putin) está considerando usar ambos os tipos (de armas)”, ressaltou.
“Agora que a Rússia fez as falsas alegações… todos nós devemos permanecer atentos para a possibilidade de que a Rússia utilize armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou crie operações de bandeira falsa usando as armas”, tuitou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
Na segunda-feira, Biden também reiterou que uma ação deste tipo provocaria uma resposta “severa”, mas até agora indefinida de aliados do Ocidente.
Putin “sabe que haverá consequências graves por causa da frente unida da Otan”, afirmou, sem especificar quais ações a aliança adotaria.
Explosões são ouvidas em Kiev; capital ucraniana tem toque de recolher
Várias explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, nesta terça-feira (22), enquanto a cidade passa por um toque de recolher. ma das explosões foi tão forte que chegou a disparar o alarme de alguns carros pela cidade.
Segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gerashchenko, defesas aéreas ucranianas destruiram um míssil russo, e os destroços caíram no rio Dnieper, que divide Kiev.
A guerra entre russos e ucranianos está perto de completar um mês nesta semana. Os russos dominaram cidades de regiões separatistas e cercaram a capital. Negociações entre as delegações têm conseguido pouco avanço.
Sobre o toque de recolher, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que a medida terá duração até as 7 horas de quarta-feira (23). O horário de Kiev está cinco horas à frente do de Brasília.
Rússia publica documento confirmando participação do Pentágono em projetos biológicos na Ucrânia
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um documento, do dia 6 de março de 2015, confirmando a participação do Pentágono no financiamento de projetos biológicos militares na Ucrânia.Durante a realização dos projetos, os EUA extraíram seis famílias de vírus, incluindo o que circula atualmente (CORONAVIRUS), bem como três tipos de bactérias patogênicas.
Um instituto em Carcóvia contribuiu para a coleta de variantes do vírus da gripe aviária, que tem um alto potencial epidêmico. Um dos responsáveis pelos trabalhos nos laboratórios biológicos na Ucrânia era a chefe do escritório da Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA, na sigla em inglês) na embaixada dos EUA em Kiev.
Os laboratórios do Ministério da Defesa da Ucrânia receberam um total de US$ 32 milhões (R$ 162 milhões) de Washington. Projeto sobre patógenos de morcegos na Geórgia e na Ucrânia sob comando dos EUA foi iniciado em outubro de 2019, às vésperas da crise de saúde pública atual.
EUA posicionam grupo de porta-aviões para possível criação de zona de exclusão aérea na Ucrânia
A Marinha dos EUA implantou um grupo de ataque de porta-aviões no Mediterrâneo para criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, caso Biden dê essa ordem.
Os EUA operam 11 grupos de ataque de porta-aviões, os implantando frequentemente em todo o mundo ao longo de décadas em uma demonstração de força contra nações menores e militarmente mais fracas.
O grupo de ataque do porta-aviões USS Truman foi enviado ao Mediterrâneo, com o secretário da Marinha, Carlos Del Toro, afirmando que sua missão inclui “dissuadir” a Rússia e implementar uma potencial zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, caso o presidente americano, Joe Biden, ordene seu estabelecimento.
O USS Truman tem sido usado em guerras de agressão dos EUA, com suas aeronaves voando mais de 1.200 missões de combate durante a invasão do Iraque em 2003, e auxiliando as forças da coalizão durante a luta contra o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) no Afeganistão na década de 2010.
EUA sugeriram à Turquia enviar seus sistemas de defesa antiaérea S-400 à Ucrânia
Washington e Ancara debateram “a possibilidade improvável” da Turquia entregar às forças de Kiev os seus sistemas de defesa antiaérea S-400 de fabricação russa a fim de as ajudar a combater tropas da Rússia em meio à operação especial na Ucrânia, escreve Reuters.
A agência de notícias citou três fontes anônimas dizendo que “os funcionários dos EUA apresentaram a sugestão ao longo do mês passado aos seus homólogos turcos, mas nenhum pedido especifico ou formal foi feito”.
As fontes acrescentaram que a questão “também surgiu de modo breve” durante a visita à Turquia da vice-secretária de Estado dos EUA Wendy Sherman no início de março.
Por sua vez, Reuters informou que a suposta sugestão dos EUA a respeito dos S-400 era “parte de uma discussão mais ampla entre Sherman e autoridades turcas sobre como os Estados Unidos e seus aliados podem fazer mais para apoiar a Ucrânia e sobre como melhorar os laços bilaterais”.
A questão dos sistemas S-400 tem sido um tema complicado nas relações entre EUA e Turquia após Ancara assinar um contrato com Moscou para fornecimento dos sistemas de defesa antiaérea russos em 2017.
Washington afirma que os S-400 representam uma ameaça para a OTAN e são incompatíveis com o equipamento militar da Aliança Atlântica, o que tem sido rejeitado pela Turquia.
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