De acordo com um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), baseado em dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado na sexta-feira (27/4), das 27 unidades da federação, 23 preveem que terminarão o ano de 2024 com déficit nas contas. O déficit total foi calculado em R$ 29,3 bilhões.
Dentre os estados, apenas quatro preveem receitas suficientes para cobrir suas despesas: São Paulo, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso. O Rio de Janeiro se destaca negativamente com o maior déficit previsto para 2024, alcançando R$ 10,4 bilhões, o que representa um terço do déficit total.
Na sequência dos estados com dificuldades financeiras, Minas Gerais aparece com um déficit de R$ 4,2 bilhões, seguido pelo Ceará com um déficit de R$ 3,9 bilhões. A lista dos cinco estados com maiores problemas financeiros é completada pelo Paraná e pelo Rio Grande do Sul, com déficits previstos de R$ 3,5 bilhões e R$ 3,1 bilhões, respectivamente.
A análise da Firjan sugere que o desequilíbrio nos gastos dos estados ainda é impactado pelo legado da pandemia e pelas alterações no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia, ocorridas em 2022. Outros fatores que contribuem significativamente para esse cenário incluem as despesas com pessoal, especialmente as previdenciárias.