15º dia do conflito Rússia na Ucrânia

Ucrânia oferece recompensa de US$ 1 milhão a russos para ‘roubar’ aeronaves de combate

A fabricante de armas estatal da Ucrânia, Ukroboronprom, ofereceu aos militares russos uma recompensa de US$ 1 milhão por ‘roubar’ aeronaves de combate da Força Aérea Russa e US$ 500.000 por trazer helicópteros.

“Garantimos a você 1 milhão de dólares para cada aeronave roubada ou ocupante de troféus com capacidade de combate das Forças Aeroespaciais Russas (RuAF) e 500.000 dólares para cada helicóptero de combate das Forças Aeroespaciais da Rússia”, disse um comunicado da Ukroboronprom.

Rússia diz que objetivo do Pentágono na Ucrânia era criação de mecanismo de disseminação de patógenos.

Em laboratórios criados e financiados pelos EUA na Ucrânia estavam sendo conduzidos experimentos com coronavírus de morcegos, disse o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.

“Segundo demonstram documentos, em laboratórios criados e financiados na Ucrânia foram conduzidos experimentos com amostras de coronavírus de morcegos”, disse general russo.Forças Armadas da Rússia encontraram evidências em documentos de laboratórios na Ucrânia de que o Pentágono financiava pesquisas para criar um mecanismo de propagação secreta de patógenos letais, afirmou Konashenkov.

Em breve, o Ministério da Defesa da Rússia publicará outro pacote de documentos sobre as atividades biológico-militares secretas dos EUA no território da Ucrânia, observou Konashenkov.

Pentágono também está interessado em insetos capazes de espalhar infecções, diz Defesa russa

Em sua pesquisa na Ucrânia, Pentágono também estava interessado em insetos que transmitem infeções. Do laboratório de Kharkov, foram transportados para o exterior mais de 140 contêineres com pulgas e carrapatos, afirmou o tenente-general da Forças Armadas da Rússia Igor Kirillov.

De acordo com ele, as palavras da subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, sobre existência na Ucrânia de instalações biológicas de pesquisa de biossegurança são consideradas pelo ministério da Defesa da Rússia uma confirmação indireta da participação do Pentágono em programas biológico-militares na Ucrânia.Recentemente, Nuland disse que na Ucrânia há instalações de pesquisa biológica, e que atualmente Kiev e Washington estão trabalhando para evitar que os materiais armazenados lá caiam nas mãos das forças russas

Um dos objetivos dos EUA e dos seus aliados é criar bioagentes capazes de atacar seletivamente vários grupos étnicos, particularmente os eslavos, afirmou especialista do Ministério da Defesa da Rússia em coletiva de imprensa sobre os resultados da análise de documentos relacionados às atividades biológico-militares dos EUA no território da Ucrânia.

Líderes da UE se reúnem em Versalhes para discutir a guerra da Ucrânia e a independência energética 

Os líderes da UE estão reunidos no Palácio de Versalhes, na França, para discutir a invasão da Ucrânia pela Rússia e os planos para fortalecer a independência energética e as capacidades de defesa do bloco.

A reunião de dois dias iniciada é organizada pelo presidente francês Emmanuel Macron, cujo país atualmente ocupa a presidência rotativa do Conselho da UE.

Macron disse que a guerra “redefine completamente a arquitetura de nossa Europa” e fará com que o continente “mude ainda mais rápido e mais forte”.

“Nossa democracia está ameaçada, nossos valores estão ameaçados e devemos aceitar que às vezes temos que pagar o preço”, disse Macron a repórteres em Versalhes, acrescentando que voltará a falar com o presidente Vladimir Putin.

“Não vou poupar esforços para tentar alcançar este cessar-fogo”, disse o presidente, acrescentando: “Estou preocupado, pessimista e é também por isso que acredito que nossa Europa deve estar lá”.

O presidente francês Emmanuel Macron no Palácio de Versalhes

O presidente Macron recebe seus colegas no Palácio de Versalhes.   –   
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O presidente francês Emmanuel Macron no Palácio de Versalhes

Putin autoriza nacionalização de empresas ocidentais, proíbe exportações de 200 itens e promete ‘resolver problemas’

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira várias medidas em reação às duras sanções das potências ocidentais ao seu país, incluindo ações como a permissão para a nacionalização de empresas ocidentais e a proibição da exportação de vários produtos russos. 

Em uma reunião do governo transmitida pela televisão — modo de comunicação que adotou desde pouco antes do início da guerra —, Putin disse que as sanções ocidentais são ilegítimas e que a Rússia resolverá calmamente os problemas decorrentes delas.

Segundo ele, as empresas ocidentais que decidiram cessar suas atividades na Rússia deverão ter suas propriedades nacionalizadas.

Putin disse, no entanto, que a Rússia “não se fechará para ninguém” e está pronta para trabalhar com companhais estrangeiras que assim o quiserem.

Forças russas se aproximaram cerca de 5 km de Kiev, diz oficial da defesa dos EUA

As forças russas avançaram, nas proximidades do Aeroporto Hostomel, cerca de 5 quilômetros (ou cerca de 3 milhas) no último dia, disse hoje (10) um alto funcionário da defesa dos EUA aos repórteres.

As forças russas continuam a “avançar as suas tropas” ao longo de duas linhas paralelas fora de Kiev, e nessas linhas, a linha mais próxima “atingiu cerca de 40 quilômetros a leste de Kiev”, disse o oficial.

O oficial também disse na quinta-feira que as forças russas conduziram “775 lançamentos de mísseis” de “todas as faixas, todas as variedades diferentes” desde o início da sua invasão na Ucrânia.

Reunião entre ministros da Ucrânia e Rússia na Turquia termina sem acordo

Dmytro Kuleba, e Rússia, Sergei Lavrov, conversaram mas não houve progresso.

Kuleba afirmou que não foi fácil ouvir Lavrov durante o encontro, e que a Ucrânia não vai se render, e que a lista de demandas do russo é, na prática, uma exigência de rendição.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o Oeste se comporta de forma perigosa ao fornecer armas para a Ucrânia.

Aqueles que entregam armas aos ucranianos e mercenários precisam entender o perigo, disse Lavrov.

Sergei Lavrov afirmou também que a mídia ocidental está manipulando as informações quanto a um hospital de maternidade em Mariupol. Além disso, segundo o chanceler, o hospital era usado como base dos radicais do Batalhão Azov.

Sergei Lavrov afirmou também ter discutido com seu homólogo ucraniano a possiblidade de uma reunião entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky. Entretanto, notou que o encontro não deve ser apenas uma “reunião por reunião”.”Todos sabem muito bem que o presidente Putin nunca recusa contatos. Nós apenas queremos que esses contatos sejam feitos não por si só, mas para alcançar algum tipo de acordos concretos”, disse chanceler russo.

Lavrov ainda disse que a Turquia não era o melhor lugar pra discutir o assunto.

Putin diz que Rússia é capaz de superar sanções ocidentais

Nesta quinta-feira (10), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que seu país é capaz de superar as consequências das sanções internacionais. Ele disse ainda que está cumprindo o fornecimento de recursos energéticos para a Europa inclusive a Ucrânia.

Putin também declarou que a Rússia pode administrar os ativos das empresas estrangeiras que estão suspendendo ou deixando as operações no país em resposta à invasão da Ucrânia.

Putin garantiu que a Rússia continua aberta para negócios com os investidores estrangeiros.

Ele ainda negou que a Rússia seja a culpada pelo aumento dos preços do petróleo nos Estados Unidos. E alegou que isso aconteceu devido à decisão do governo americano de parar de importar combustíveis russos.

Por fim, Putin ressaltou que os EUA estão tentando culpar a Rússia “por seus próprios erros”. Acrescentando que agora estão tentando comprar petróleo de países aos quais impôs sanções anteriormente, como Irã e Venezuela.

O líder russo deu declarações durante uma reunião com membros do governo.

China dará ‘resposta firme e contundente’ se EUA a sancionarem por sua posição sobre operação russa

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou nesta quinta-feira (10) que a China vai reagir duramente se os EUA impuserem sanções pelo seu posicionamento sobre a operação especial militar da Rússia na Ucrânia.

“Os EUA não devem impor sanções a empresas e indivíduos chineses ou prejudicar os direitos e interesses legítimos da China em lidar com suas relações com a Rússia, caso contrário, a China dará uma resposta firme e contundente”, alertou o porta-voz.

A chancelaria chinesa enfatizou que as sanções“não ajudarão a resolver a questão ucraniana”. Pelo contrário, “o tempo mostrou que as sanções não só não resolvem problemas, como criam novos, que não só causarão perdas mútuas e múltiplas perdas econômicas, como também dificultarão o processo de resolução política”, acrescentou.

Reino Unido diz que Rússia admite utilização de bombas de vácuo na Ucrânia

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou na quarta-feira que a Rússia admitiu usar “bombas de vácuo” na Ucrânia.

Em um tweet, a agência britânica disse que a Rússia confirmou que usou um sistema móvel de lançamento de foguetes normalmente equipado com ogivas termobáricas, que sugam o ar ao redor dos alvos e podem romper seus pulmões.

“O russo [Ministry of Defense] confirmou o uso do sistema de armas TOS-1A na Ucrânia. O TOS-1A usa foguetes termobáricos, criando efeitos incendiários e de explosão”, disse o tweet.

Os explosivos termobáricos diferem dos explosivos convencionais, pois usam o oxigênio ao seu redor para abastecer a combustão. Isso cria uma explosão de temperatura mais alta e uma onda de explosão de maior pressão e duração mais longa do que uma bomba convencional, tornando-a particularmente mortal em ambientes urbanos.

Autoridades dos EUA confirmaram anteriormente a presença de lançadores com capacidade termobárica na Ucrânia, mas não puderam dizer se eles foram usados.

O Pentágono reiterou o ponto na quarta-feira quando o porta-voz John Kirby foi questionado se a Rússia havia usado as bombas. Kirby disse que os EUA não viram “nenhuma indicação de que armas termobáricas [are being used]nenhuma evidência disso que eu possa falar.”

Com discurso ‘anti-China’, Yoon Suk-yeol é eleito novo presidente da Coreia do Sul

Nas eleições presidenciais da Coreia do Sul realizadas nesta quarta-feira (9), Yoon obteve 48,56% dos votos, e seu principal rival, Lee Jae-myung, candidato do Partido Democrático da Coreia, 47,83%.

A participação eleitoral foi de 77,1%; mais de 34 milhões de pessoas foram às urnas. Lee admitiu sua derrota e mandou um recado ao vencedor. “Parabenizo o presidente eleito Yoon por sua eleição”, afirmou.

O presidente eleito de 61 anos prometeu adotar uma “linha mais dura em relação à Coreia do Norte”, além de “reiniciar” os laços com a China, o maior parceiro comercial da economia sul-coreana.

Yoon aproveitou o crescente sentimento anti-China no país e prometeu um abraço mais próximo de Washington, com o qual Seul tem uma aliança militar.Ele criticou a administração do atual líder Moon Jae-in por se inclinar para a Coreia do Norte e a China e minar a aliança de décadas da Coreia do Sul com os Estados Unidos.

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