Polícia Federal faz buscas na casa e no escritório de Rodrigo Janot

A Polícia Federal fez nesta sexta-feira (27) uma ação de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em Brasília. As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Foi uma reação à declaração de Janot de que chegou a ir armado com um revólver ao Supremo, com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e, depois, cometer suicídio. O fato teria ocorrido em 2017.

Na época, circulou na imprensa a informação de que a filha de Rodrigo Janot, defendia a empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato, em processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ex-procurador atribuiu a divulgação da informação a Gilmar Mendes e, por isso, cogitou praticar o crime.

O episódio é narrado por Janot no livro recém-lançado, com o título “Nada Menos que Tudo”, mas sem citar o nome do ministro do Supremo. A citação só foi feita em entrevistas à imprensa.

Ao tomar conhecimento das declarações, Gilmar Mendes pediu a Alexandre Moraes, que é relator de um inquérito que investiga fake news e ofensas contra a Corte, a suspensão do porte de arma de Rodrigo Janot e a proibição de que o ex-procurador entre no Supremo.

Em nota, Mendes declarou que Rodrigo Janot é “um potencial facínora” e questionou a forma como é feita a escolha do ocupante do cargo.

Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos, de 2013 a 2017.

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