PGR pede que apuração contra Bolsonaro seja prorrogada

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda (29) estender por mais 60 dias a investigação sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) leu uma notícia que associava imunizante a uma doença.

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que a prorrogação vai servir para a Polícia Federal (PF) concluir pendências da apuração. Ela afirma que as informações em aberto serão “relevantes para subsidiar a análise e deliberação” da PGR sobre a conduta do presidente.

O documento foi enviado ao gabinete do ministro do Alexandre de Moraes, que é relator do caso e aguardava a manifestação.

A PF disse que vê crime de Bolsonaro. A delegada Lorena Lima Nascimento pediu para interrogar o presidente, mas já sugeriu seu indiciamento. O depoimento é uma das últimas pendências do inquérito.

A Polícia Federal diz que, ao espalhar as informações supostamente falsas, o presidente “encorajou” a população a descumprir medidas sanitárias preventivas e gerou alarde “anunciando perigo inexistente”. O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de “forma direta, voluntária e consciente”.

PGR se manifesta contra investigação a Bolsonaro sobre suposta interferência

Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou nesta segunda-feira, 29, contra um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse investigado sobre suposta interferência na Polícia Federal (PF) no caso envolvendo repasses de verba no Ministério da Educação (MEC)

O pedido, ligado à investigação sobre o ex-ministro Milton Ribeiro, havia sido apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar queria que o caso fosse acrescentado ao inquérito instaurado para apurar declarações de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, sobre tentativa de interferência de Bolsonaro na PF.

Na avaliação da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, o pedido feito por Randolfe Rodrigues menciona somente reportagens jornalísticas, sem novos elementos para colaborar com as investigações em andamento.

E que esse caso envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro já está sendo analisado em outro inquérito. O processo corre atualmente sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).

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